Foram 121 casos em 2020,134 em 2021 e 18 até fevereiro de 2022. Aumento dos casos levou os bancos a criar canal exclusivo de denúncia e programas de acolhimentos e apoio às vítimas
Os casos de violência doméstica e familiar contra mulheres que atuam no setor bancário cresceu 10,7% em 2021 na comparação a 2020. A cada mês, 11 bancárias são agredidas de forma física, moral, patrimonial, psicológica, sexual e virtual por seus companheiros, parentes ou pessoas de seu convívio familiar, segundo levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) com 25 instituições financeiras.
Em dois anos de pandemia, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2022, os bancos acolheram 273 pedidos de ajuda de colaboradoras vítimas de violência. Foram 121 casos em 2020, 134 casos em 2021 e 18 casos atendidos pelos bancos até fevereiro deste ano.
Atualmente, as mulheres representam 49% dos cerca de 450 mil empregados do segmento bancário brasileiro, que trabalham em aproximadamente 3,3 mil municípios do país.
A preocupação com o aumento da violência doméstica no país durante a pandemia, muitas vezes associado ao maior tempo de convivência entre vítima e agressor devido ao isolamento social, levou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e entidades sindicais representativas da categoria profissional dos bancários a assinar, em 2020, um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho prevendo ações que os bancos deveriam tomar para prevenir a violência contra as mulheres bancárias.
A categoria bancária é a primeira a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e a única a manter uma mesa permanente de negociações com representantes patronais sobre questões de gênero, raça e orientação sexual.
Pela norma coletiva, as instituições se comprometeram a implementar canais de apoio exclusivos para encaminhamento e tratamento, em sigilo, de questões relativas à violência contra a mulher. Também assumiram o compromisso de enviar comunicado interno às lideranças e demais funcionários com o objetivo de informar sobre os tipos de violência doméstica e as condutas a serem adotadas nas situações que envolvem denúncias.
“O avanço da violência contra a mulher é um problema social crítico e, infelizmente, ainda longe de dar sinais de regressão. A orientação e o diálogo permanentes com a sociedade são indispensáveis para a construção de relações mais igualitárias entre homens e mulheres e para prover as mudanças tão necessárias a essa situação gravíssima de violência”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN, que completa: “O poder público, em todas as esferas, precisa ser o principal protagonista de políticas voltadas à prevenção e combate a qualquer tipo de violência doméstica contra a mulher”
Para o diretor executivo de Relações Institucionais, Trabalhistas e Sindicais da FEBRABAN, Adauto Duarte, “na medida em que os bancos passam a incluir em suas políticas de trabalho o acolhimento a funcionárias que procuram o canal, há uma importante contribuição do setor na redução de casos de violência contra as mulheres. Bancos e bancários estão trabalhando com o mesmo propósito, que é a proteção à vida”.
A norma também assegura às mulheres em situação de violência o direito de solicitar realocação para outra unidade do banco ou mudança de horários de entrada e saída, com a garantia de sigilo para que o agressor não fique a par da sua rotina. Onze solicitações de transferência de localidade de trabalho a colaboradoras vítimas de violências foram atendidas pelos bancos no período. Cada instituição pode, também, oferecer uma linha especial de crédito ou financiamento para a denunciante.
Ações de prevenção e combate à violência
O levantamento realizado pela FEBRABAN sobre as ações de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Setor Bancário mostra o empenho dos bancos no combate ao problema e traz um balanço do que foi feito pelas instituições financeiras no período.
Em dois anos de pandemia, os bancos disponibilizaram diversos canais para atendimento e acolhimento às mulheres em situação de violência. E-mails, intranet e linha 0800 para denúncias e atendimento às vítimas foram os meios mais utilizados pelos bancos para promover educação, encorajamento, prevenção e apoio às bancárias.
Palestras sobre equidade de gênero; rodas de diálogo de enfrentamento à violência; envio de comunicados internos informando os tipos de violência doméstica e órgãos públicos e entidades privadas para suporte especializado; e a divulgação de informações sobre condutas a serem adotadas nos casos que envolvem denúncias foram outras ações promovidas pelos bancos no período para impactar os colaboradores.
Para atuar na prevenção do risco, as instituições financeiras realizam programas específicos de atendimento às mulheres vítimas de violência, que incluem:
apoio psicológico e aconselhamento emocional extensivo a membros da família;
orientação jurídica sobre legislação, guarda de filhos, direitos e pensão;
orientação social, com foco no empoderamento feminino;
empréstimo social, oferecendo apoio financeiro para a tomada de decisão;
deslocamento provisório para outras cidades;
reuniões de acolhimento e acompanhamento constante às mulheres, para que as mudanças necessárias possam acontecer.
Os casos de violência doméstica e familiar contra mulheres que atuam no setor bancário cresceu 10,7% em 2021 na comparação a 2020. A cada mês, 11 bancárias são agredidas de forma física, moral, patrimonial, psicológica, sexual e virtual por seus companheiros, parentes ou pessoas de seu convívio familiar, segundo levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) com 25 instituições financeiras.
Em dois anos de pandemia, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2022, os bancos acolheram 273 pedidos de ajuda de colaboradoras vítimas de violência. Foram 121 casos em 2020, 134 casos em 2021 e 18 casos atendidos pelos bancos até fevereiro deste ano.
Atualmente, as mulheres representam 49% dos cerca de 450 mil empregados do segmento bancário brasileiro, que trabalham em aproximadamente 3,3 mil municípios do país.
A preocupação com o aumento da violência doméstica no país durante a pandemia, muitas vezes associado ao maior tempo de convivência entre vítima e agressor devido ao isolamento social, levou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e entidades sindicais representativas da categoria profissional dos bancários a assinar, em 2020, um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho prevendo ações que os bancos deveriam tomar para prevenir a violência contra as mulheres bancárias.
A categoria bancária é a primeira a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e a única a manter uma mesa permanente de negociações com representantes patronais sobre questões de gênero, raça e orientação sexual.
Pela norma coletiva, as instituições se comprometeram a implementar canais de apoio exclusivos para encaminhamento e tratamento, em sigilo, de questões relativas à violência contra a mulher. Também assumiram o compromisso de enviar comunicado interno às lideranças e demais funcionários com o objetivo de informar sobre os tipos de violência doméstica e as condutas a serem adotadas nas situações que envolvem denúncias.
“O avanço da violência contra a mulher é um problema social crítico e, infelizmente, ainda longe de dar sinais de regressão. A orientação e o diálogo permanentes com a sociedade são indispensáveis para a construção de relações mais igualitárias entre homens e mulheres e para prover as mudanças tão necessárias a essa situação gravíssima de violência”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN, que completa: “O poder público, em todas as esferas, precisa ser o principal protagonista de políticas voltadas à prevenção e combate a qualquer tipo de violência doméstica contra a mulher”
Para o diretor executivo de Relações Institucionais, Trabalhistas e Sindicais da FEBRABAN, Adauto Duarte, “na medida em que os bancos passam a incluir em suas políticas de trabalho o acolhimento a funcionárias que procuram o canal, há uma importante contribuição do setor na redução de casos de violência contra as mulheres. Bancos e bancários estão trabalhando com o mesmo propósito, que é a proteção à vida”.
A norma também assegura às mulheres em situação de violência o direito de solicitar realocação para outra unidade do banco ou mudança de horários de entrada e saída, com a garantia de sigilo para que o agressor não fique a par da sua rotina. Onze solicitações de transferência de localidade de trabalho a colaboradoras vítimas de violências foram atendidas pelos bancos no período. Cada instituição pode, também, oferecer uma linha especial de crédito ou financiamento para a denunciante.
Ações de prevenção e combate à violência
O levantamento realizado pela FEBRABAN sobre as ações de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Setor Bancário mostra o empenho dos bancos no combate ao problema e traz um balanço do que foi feito pelas instituições financeiras no período.
Em dois anos de pandemia, os bancos disponibilizaram diversos canais para atendimento e acolhimento às mulheres em situação de violência. E-mails, intranet e linha 0800 para denúncias e atendimento às vítimas foram os meios mais utilizados pelos bancos para promover educação, encorajamento, prevenção e apoio às bancárias.
Palestras sobre equidade de gênero; rodas de diálogo de enfrentamento à violência; envio de comunicados internos informando os tipos de violência doméstica e órgãos públicos e entidades privadas para suporte especializado; e a divulgação de informações sobre condutas a serem adotadas nos casos que envolvem denúncias foram outras ações promovidas pelos bancos no período para impactar os colaboradores.
Para atuar na prevenção do risco, as instituições financeiras realizam programas específicos de atendimento às mulheres vítimas de violência, que incluem:
apoio psicológico e aconselhamento emocional extensivo a membros da família;
orientação jurídica sobre legislação, guarda de filhos, direitos e pensão;
orientação social, com foco no empoderamento feminino;
empréstimo social, oferecendo apoio financeiro para a tomada de decisão;
deslocamento provisório para outras cidades;
reuniões de acolhimento e acompanhamento constante às mulheres, para que as mudanças necessárias possam acontecer.
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