O dado é do Relatório Focus do Banco Central, que registra estimativa de 2,19% para o PIB este ano, após oitava semana seguida de elevação. Já as projeções para a inflação caíram de 5,06% para 4,98%, na sétima semana consecutiva de redução
Queda da inflação é puxada por redução no valor dos combustíveis, que, por sua vez, influencia na redução do preço da comida - Arte; Bernardo Santana.
As projeções de analistas do mercado para a inflação mantêm a tendência de queda, enquanto para o PIB continuam em alta, conforme dados do Relatório Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (3). A estimativa do IPCA para este ano caiu pela sétima semana seguida, de 5,06% para 4,98%. Já a do PIB subiu de 2,18% para 2,19%, na oitava semana de melhora.
A previsão da inflação para 2024 também voltou a cair, indo de 3,98% para 3,92%, no quinto recuo consecutivo, conforme o Focus. A projeção para o IPCA de 2025 caiu de 3,80% para 3,60%, e de 3,72% para 3,50% em 2026.
O levantamento semanal consultou mais de 100 instituições financeiras sobre as projeções para a economia. Diante das sucessivas quedas da inflação, os analistas também reduziram as estimativas para a taxa básica de juros (Selic), na contramão do BC, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, que insiste em manter o índice extorsivo de 13,75% ao ano, o maior do mundo. Segundo o Focus, as projeções indicam queda para 12% até o fim de 2023.
Alimentos e combustíveis mais baratos
As estimativas para a inflação refletem, em grande parte, os efeitos da queda dos preços dos alimentos. Segundo o IBGE, o grupo "Alimentação e bebidas" passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio.
A desaceleração dos alimentos, por sua vez, é um dos efeitos da redução dos preços dos combustíveis, que aliviam os custos do pequeno, do médio e do grande produtor rural. Em maio, a queda foi de 21,3% para o gás de cozinha (GLP), de R$ 0,44 por litro no preço médio de diesel para as distribuidoras (-12,8%) e de R$ 0,40 por litro no preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras (-12,6%).
Balança comercial
Os dados do Relatório Focus também trazem boas notícias sobre a balança comercial em 2023. Segundo analistas, haverá um saldo positivo de US$ 63,76 bilhões. O boletim da semana passada previa US$ 62 bilhões.
As estimativas apontam aumento também para o investimento estrangeiro em 2023: US$ 79,5 bilhões, contra os R$ 78,8 bilhões projetados na última semana.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo Lula na Câmara, comemorou os dados do Relatório Focus. "Inflação ladeira a baixo, PIB ladeira acima, dólar caindo e ATÉ OS JUROS do Campos Neto dando indicativo que vão baixar", disse o parlamentar, no Twitter.
Acorda, Campos Neto!
Apesar das expectativas positivas, a política monetária praticada pelo bolsonarista Campos Neto continua impondo freios desnecessários à recuperação econômica do Brasil. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, ressaltou que uma queda para 12% da taxa de juros ainda será pouco.
"Mercado financeiro reduziu hoje a previsão da Selic pra 12% este ano. Mas estamos num patamar muito alto, não é à toa que temos a maior taxa real do mundo. Por isso Banco Central precisa ser ousado com o corte dos juros, se não, não vai fazer grande diferença. Tem que baixar de verdade", postou no Twitter.
"ACORDA CAMPOS NETO: mercado projeta Selic a 12% este ano e inflação em queda até 2026", concordou o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO).
Queda da inflação é puxada por redução no valor dos combustíveis, que, por sua vez, influencia na redução do preço da comida - Arte; Bernardo Santana.
As projeções de analistas do mercado para a inflação mantêm a tendência de queda, enquanto para o PIB continuam em alta, conforme dados do Relatório Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (3). A estimativa do IPCA para este ano caiu pela sétima semana seguida, de 5,06% para 4,98%. Já a do PIB subiu de 2,18% para 2,19%, na oitava semana de melhora.
A previsão da inflação para 2024 também voltou a cair, indo de 3,98% para 3,92%, no quinto recuo consecutivo, conforme o Focus. A projeção para o IPCA de 2025 caiu de 3,80% para 3,60%, e de 3,72% para 3,50% em 2026.
O levantamento semanal consultou mais de 100 instituições financeiras sobre as projeções para a economia. Diante das sucessivas quedas da inflação, os analistas também reduziram as estimativas para a taxa básica de juros (Selic), na contramão do BC, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, que insiste em manter o índice extorsivo de 13,75% ao ano, o maior do mundo. Segundo o Focus, as projeções indicam queda para 12% até o fim de 2023.
Alimentos e combustíveis mais baratos
As estimativas para a inflação refletem, em grande parte, os efeitos da queda dos preços dos alimentos. Segundo o IBGE, o grupo "Alimentação e bebidas" passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio.
A desaceleração dos alimentos, por sua vez, é um dos efeitos da redução dos preços dos combustíveis, que aliviam os custos do pequeno, do médio e do grande produtor rural. Em maio, a queda foi de 21,3% para o gás de cozinha (GLP), de R$ 0,44 por litro no preço médio de diesel para as distribuidoras (-12,8%) e de R$ 0,40 por litro no preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras (-12,6%).
Balança comercial
Os dados do Relatório Focus também trazem boas notícias sobre a balança comercial em 2023. Segundo analistas, haverá um saldo positivo de US$ 63,76 bilhões. O boletim da semana passada previa US$ 62 bilhões.
As estimativas apontam aumento também para o investimento estrangeiro em 2023: US$ 79,5 bilhões, contra os R$ 78,8 bilhões projetados na última semana.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo Lula na Câmara, comemorou os dados do Relatório Focus. "Inflação ladeira a baixo, PIB ladeira acima, dólar caindo e ATÉ OS JUROS do Campos Neto dando indicativo que vão baixar", disse o parlamentar, no Twitter.
Acorda, Campos Neto!
Apesar das expectativas positivas, a política monetária praticada pelo bolsonarista Campos Neto continua impondo freios desnecessários à recuperação econômica do Brasil. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, ressaltou que uma queda para 12% da taxa de juros ainda será pouco.
"Mercado financeiro reduziu hoje a previsão da Selic pra 12% este ano. Mas estamos num patamar muito alto, não é à toa que temos a maior taxa real do mundo. Por isso Banco Central precisa ser ousado com o corte dos juros, se não, não vai fazer grande diferença. Tem que baixar de verdade", postou no Twitter.
"ACORDA CAMPOS NETO: mercado projeta Selic a 12% este ano e inflação em queda até 2026", concordou o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO).
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