A
falta de higiene adequada e a dificuldade de acesso à assistência médica
agravam o risco de doenças oculares, como conjuntivite infecciosa, inflamações
e úlceras da córnea
Em situações de inundações
e enchentes, a saúde ocular pode ser gravemente afetada devido à exposição à
água contaminada por bactérias, vírus, parasitas e produtos químicos nocivos. A
falta de higiene adequada e a dificuldade de acesso à assistência médica
agravam os riscos de doenças oculares, alerta a oftalmologista Juliana Marcon,
coordenadora da Emergência SUS do Hospital Banco de Olhos São Pietro.
A conjuntivite infecciosa é uma das principais preocupações neste cenário. Caracterizada por vermelhidão, inchaço, coceira e secreção nos olhos, a doença pode ser desencadeada pelo contato com água contaminada e nas secreções oculares, respiratórias e genitais de indivíduos infectados.
Outro risco é a toxocaríase humana (larva migrans), transmitida por meio da ingestão de ovos infectantes presentes no solo, água e alimentos contaminados com fezes de animais infectados. A doença pode comprometer a visão e causar outras complicações, exigindo diagnóstico e tratamento precoces. Sintomas como dor, sensibilidade à luz, visão embaçada e vermelhidão ocular não devem ser ignorados pelas pessoas, pois podem ser resultado de inflamações e úlceras da córnea, e também requerem avaliação oftalmológica com máxima brevidade.
Além das infecções, produtos químicos presentes na água das enchentes podem provocar irritação e queimaduras na superfície dos olhos. “Em tais casos, a medida imediata recomendada é lavar os olhos abundantemente com soro fisiológico ou água filtrada/fervida por pelo menos 15 minutos, seguido de um rápido encaminhamento a um atendimento de emergência oftalmológica”, explica a Dra. Juliana.
A oftalmologista do Hospital Banco de Olhos Grupo São Pietro enfatiza, ainda, a importância da higiene pessoal após o contato com água contaminada. "Lavar as mãos e outras partes do corpo expostas com água limpa e sabão é essencial para prevenir infecções e doenças oculares". Ela também aconselha cuidados na preparação e armazenamento de água e alimentos, além de evitar coçar os olhos e compartilhar objetos pessoais, como toalhas e maquiagem, para reduzir a propagação de agentes patogênicos.
Diante de sintomas oculares ou suspeita
de contaminação, a orientação é buscar atendimento médico imediato. "A
detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir
complicações e garantir a saúde ocular após uma enchente", concluiu a
especialista.
Esta orientação ressalta a necessidade de cuidados preventivos e a importância de manter boas práticas de higiene para proteger a saúde ocular em situações de calamidade.
Sobre o Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas
Com cuidado e transformação em seu DNA, o Grupo São
Pietro Hospitais e Clínicas destaca-se com atuação em hospitais especializados,
em rede de clínicas de Oftalmologia e Urologia e no segmento de sênior living.
Possui em sua rede o Hospital Banco de olhos, o maior centro de ensino e
cuidado de oftalmologia do sul do país, e o Prime Day Hospital especializado em
urologia. O Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas conta com unidades em Porto
Alegre, Canoas, Portão, São Leopoldo, Taquara e Xangri-lá, oferecendo à
população serviços norteados pela sustentabilidade, qualidade e segurança,
inovação e tecnologia, ética e respeito. Mais informações em: www.saopietro.com.br.
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