A maior parte dos empregos do futuro será ligada à tecnologia: como ajudar seu filho se preparar para o mercado de trabalho?

65% das crianças de hoje terão empregos ligados à área de tecnologia que ainda não foram criados
Quem pensa no futuro segue em constante evolução. Atualmente, estamos passando pela era da tecnologia e inteligência artificial, onde nos deparamos com novas formas de realizar atividades cotidianas, lazer e até mesmo trabalhar. Essas mudanças não param por aqui e tendem a aumentar com o passar dos anos. Exemplo disso, é uma pesquisa divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que afirma que 65% de todas as crianças do planeta que entram hoje na escola primária terão empregos que ainda não existem. Ou seja, estamos preparando uma nova geração para um futuro que ainda não sabemos como será. Para que essa situação ocorra de forma tranquila, pais e professores devem incentivar ainda mais o contato de crianças com a linguagem de programação, considerada por especialistas da área de informática como a habilidade do século 21. Crianças e tecnologia Apesar das crianças de hoje já serem nascidas na “era digital” e muitas vezes terem facilidade em mexer em eletrônicos, isso não significa que elas estejam preparadas para serem produtoras de tecnologia. O Desenvolvedor Full Stack da empresa de tecnologia e inovação Gateware, Jhulio Nunes, ressalta que essa habilidade precisa ser incentivada. “O que vemos hoje são crianças e adolescentes que têm facilidade em jogar e mexer nas redes sociais, mas que nem sempre têm o interesse por entender como, de fato, funciona a tecnologia. E será esse segundo ponto que irá ajudar esses jovens, no futuro, a se destacar no mercado de trabalho”. Para começar a desenvolver esse gosto nas crianças pela área de tecnologia, existem brinquedos, livros, vídeos, jogos, sites e cursos focados nesse público, que trazem uma forma mais lúdica e estimulante. Esse estudo na área de programação não ajudará apenas na busca futura por emprego, mas também: Ajuda na solução de problemas; Auxilia as crianças a desenvolverem resiliência; Ensina as crianças a como raciocinar; Para aprender a linguagem de programação, a criança ou adolescente terá que pensar de forma eficiente, ou seja, ela irá atrás da maneira mais rápida e assertiva para a resolução dos problemas que encontra no meio do caminho. Isso desenvolve o pensamento lógico e a resiliência nos pequenos, que passam a não se frustrar com os erros, mas assumir as dificuldades e não desistir. Jhulio relembra que foi um desses jovens e destaca a importância disso em sua vida. “Eu comecei em um curso técnico de informática que era voltado para o desenvolvimento. Esse curso me ajudou bastante a decidir minha carreira e na minha vida pessoal também, tudo foi baseado nesse curso. Eu acredito que as crianças devem aprender a lógica de programação e a programar em si desde cedo, porque isso muda totalmente a mente em relação a muitas coisas, aprimora nosso pensamento lógico e nossa tomada de decisão de várias formas, isso afeta positivamente a vida”. Quando começar? De acordo com especialistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), de 5 a 7 anos é a melhor idade para crianças aprenderem linguagem de programação. Isso, pois elas estão em uma idade de máxima absorção de informações e são questionadoras. “Claro, esse incentivo ao estudo de programação deve ser controlado e supervisionado por adultos, que devem sempre procurar o método que a criança aprenda da melhor forma e não apenas largá-la na frente do computador e esperar que ela se desenvolva sozinha”, ressalta o Desenvolvedor Full Stack. Além disso, há uma previsão de crescimento de 38% no uso de aplicações com inteligência artificial na área de saúde nos países latino-americanos até 2027, de acordo com um estudo da consultoria McKinsey. Saber programar será tão importante quanto o domínio de uma língua, independentemente da área o profissional irá atuar. “Estará muito mais em destaque aquele profissional que, além de entender de programação, tenha experiência com isso”, finaliza Jhulio Nunes.

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