Comitiva do Paraná visita China em busca de novas tecnologias para o setor de energia
Técnicos miram modernização de usinas brasileiras e roteiro prevê visitas a três cidades
Uma equipe da empresa Insight Energy, de Londrina, especializada em conserto e manutenção de máquinas pesadas está na China com o objetivo de conhecer novas tecnologias e buscar novos fornecedores de equipamentos e serviços para o setor. A missão vai durar quinze dias e percorrerá cidades onde se concentram empresas chinesas dessa área.
A Insight Energy quer ver de perto como os chineses estão modernizando suas usinas hidrelétricas, atividade que vem ganhando impulso aqui no Brasil. "Como em tantas áreas, a China também é uma referência na atualização de usinas. Queremos conhecer essas tecnologias e processos para aprimorar ainda mais os serviços que já prestamos aqui no Brasil”, diz o fundador e diretor-presidente da Insight, Sérgio Fagundes, que lidera a comitiva.
O roteiro prevê visitas às fábricas e fornecedores nas cidades de Chengdu (capital da província de Sichuan) ,Shenzhen e Xangai. Os engenheiros paranaenses também vão conhecer as hidrelétricas de Três Gargantas (maior do mundo, à frente de Itaipu ) e de Baihetan -- com 16 turbinas poderosas, capazes de gerar 1 GW/h cada.
Investimento bilionário
A viagem acontece num momento importante para o setor nacional de energia. Até 2030, pelo menos 24 usinas hidrelétricas brasileiras, de diversos tamanhos, vão passar por um processo de modernização. O serviço inclui troca de peças, equipamentos e também atualização tecnológica dos sistemas de operação. A estimativa é de que sejam investidos R$12 bilhões nos próximos cinco anos. A paranaense Insight é responsável pela atualização da hidrelétrica de Salto Grande, da Cemig, em Braúnas, Minas Gerais. Os trabalhos começaram no fim do ano passado e devem ser concluídos em dezembro de 2027. "A modernização de usinas hidrelétricas tornou-se essencial no atual contexto brasileiro em que a eficiência energética, a confiança no sistema e a sustentabilidade são cada vez mais valorizadas", avalia Sérgio Fagundes.
